madrinha
(2018-)É inusitado chegar em uma casa e se deparar com centenas de fotografias coladas na parede. Não é um quarto de uma adolescente tampouco um mural de escola. São fotografias de uma extensa família, que no início estranhou essa "decoração", mas hoje quem não tem uma foto ali, sente-se profundamente ofendido.
Maria José, tem 63 anos, é a quarta filha de um grupo de onze irmãos, onde apenas três são mulheres. É irmã de minha mãe. É também minha madrinha. Professora do ensino básico aposentada, trabalhou durante anos em um assentamento e seu projeto "hora da leitura" recebeu um prêmio em mãos da presidenta Dilma Rousseff.
Assim como tantas mulheres, minha madrinha, tia Maria também é, por vezes, considerada de “personalidade difícil”. Aconselho não adjetivá-la tão rapidamente. Um caminho para uma resposta, talvez seja ouvir as músicas de Roberto Carlos, de quem ela é fã de carteirinha:
"Pra você que só escuta
Não entende a minha luta
Afinal, de que me queixo
São problemas superados
Mas o meu passado vive
Em tudo que eu faço agora
Ele está no meu presente
Mas eu apenas desabafo"
Maria José, tem 63 anos, é a quarta filha de um grupo de onze irmãos, onde apenas três são mulheres. É irmã de minha mãe. É também minha madrinha. Professora do ensino básico aposentada, trabalhou durante anos em um assentamento e seu projeto "hora da leitura" recebeu um prêmio em mãos da presidenta Dilma Rousseff.
Assim como tantas mulheres, minha madrinha, tia Maria também é, por vezes, considerada de “personalidade difícil”. Aconselho não adjetivá-la tão rapidamente. Um caminho para uma resposta, talvez seja ouvir as músicas de Roberto Carlos, de quem ela é fã de carteirinha:
"Pra você que só escuta
Não entende a minha luta
Afinal, de que me queixo
São problemas superados
Mas o meu passado vive
Em tudo que eu faço agora
Ele está no meu presente
Mas eu apenas desabafo"
